Gustave CAILLEBOTTE (1848-1894), IMPRESSIONISTA da primeira hora, foi o MECENAS e financiador das exposições dos colegas, o que a sua invejável situação financeira, aliada ao desejo de ser útil, lhe permitiu ser.
Foi também um REPUTADO arquiteto naval, velejador e filatelista.
Produziu 500 telas de estilo mais REALISTA que as dos amigos, e jamais se preocupou em comercializa-las.
De personalidade original e audaciosa, tornou-se também um grande COLECIONADOR, e parte desta coleção foi legada à França.
Grave crise foi aberta com a sua morte, já que os CONSERVADORES encastelados na Académie de Beaux-Arts, forçaram a recusa de tal doação, afinal, segundo eles, a França merecia coisa melhor para ser exposta no Musée du Luxembourg (destinação escolhida pelo morto). O testamenteiro, seu querido amigo, um daqueles PINTORES MEDÍOCRES: Auguste RENOIR.
Finalmente, numa decisão de 1896, das 67 obras doadas, 38 foram aceitas e (29 recusadas):
ACEITAS (RECUSADAS): Cézanne - 2 (3), Monet - 8 (8), Manet - 2 (2), Pissarro - 7 (11), Dégas - 7, Renoir - 6 (2), Sisley - 6 (3)

JOUR DE PLUIE À PARIS (Dia chuvoso em Paris) de 1877, pintura a óleo extremamente realista, de tons sóbrios, e com profusão de detalhes, mostra personagens da burguesia parisiense passeando sob a chuva, na cidade já “repaginada” pelo Barão HAUSSMANN (1809/91).

Tânia Bian





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