FRIDA KAHLO (1907-1954), a grande pintora mexicana, rotulada de SURREALISTA, mas conforme ela própria, nada mais do que uma PINTORA DA SUA REALIDADE (duríssima), foi na infância afetada pela poliomielite, e mais tarde, em acidente, por traumatismos gravíssimos.
Engajada no movimento pró EMACIPAÇÃO FEMININA, aderiu ao PARTIDO COMUNISTA em 1928, conheceu o reverenciado MURALISTA, o também comunista mexicano DIEGO RIVERA (1886/1957) a quem muito admirava e com quem se casou duas vezes. Passaram a ter uma relação apaixonada e turbulenta, permeada de múltiplas traições consentidas (ele aceitava bem seus relacionamentos com mulheres, mas não tanto, com homens). Quanto a ela, as coisas se complicaram quando descobriu dentre os seus diversos casos, um com sua irmã Cristina.
De 1930 a 33, o acompanhou do outro lado do Rio Bravo, a São Francisco da Califórnia, no país que muito admirava pela pujança industrial, mas onde se ambientava muito mal.
Curiosamente, em 1939, foi recebida por ANDRÉ BRETON para a Grande Exposição sobre o MÉXICO em Paris, quando foi festejada por gente do calibre de YVES TANGUY, KANDINSKY e PICASSO, mas confessou detestar aquela cidade infestada de intelectuais “babacas”.
Em 1937, o REVOLUCIONÁRIO marxista LÉON TROTSKY (1879/1940), criador do Exército Vermelho e inimigo jurado de JOSEF STALIN, foi acolhido na CASA AZUL, onde viveu uma ligação tórrida com ela, até o seu assassinato pela KGB, em 21.08.40.
Seu fim, como seria de se esperar, foi muito doído, e o seu reconhecimento universal só se deu a partir dos anos 70.
Tania Bian





  Fechar