Relato de viagem





Viajar é sempre bom, mas quando o destino é a Grécia e a Turquia, é melhor ainda. Levando 33 alunos, isto é mais do que uma realização... é a concretização de um sonho. Poder ver in loco tudo o que se estudou durante o curso é maravilhoso!
Rotina exaustiva, mas prazeirosa. Acordar cedo, tomar café, reunir o grupo e partir para o destino... Na Grécia, o primeiro dia foi para descobrir em Corinto a impressionante obra de engenharia do imenso canal construído em 1893, ligando o Mar Jônico ao Mar Egeu. Em seguida, o Teatro de Epidauro e sua acústica perfeita, onde se pode agradecer ao Deus Esculpio pela nossa boa saúde. Completam o tour, o sitio de Micenas e a tumba de Agamenon. Que início de viagem!
Os deuses nos favorecem com um sol magnífico para a "escalada" da Acrópole de Atenas, e, toda uma aula de arte, história e mitologia tem lugar a céu aberto, enfim, estamos na Grécia, e à noite, um jantar típico no bairro da Plaka é regado a uzo (a bebida local), e a uma boa Moussaka.
O Museu Arqueológico de Atenas com suas obras magníficas, e o Cabo Sounion, que abriga o Templo de Poseidon, e sua vista fascinante, ocuparam todo o dia e boa parte da tarde ensolarada. À noite, um drink no bar do Hotel de Grande Bretagne com vista para a Acrópole iluminada e jantar no Psyrri, bairro agitado da capital.
É preciso acordar cedo e viajar para visitar o mais importante oráculo da antiguidade, Delphos. Visitar o museu, encontrar o Omphalo (umbigo do mundo) e o famoso bronze do Auriga de Delphos. À noite, na mística Meteora, jantar do grupo para a preparação do dia seguinte, pois a região, única com seus penhascos, conta o passado do Império Bizantino e boa parte da História da Igreja Ortodoxa. A visita a dois dos mosteiros do local é um momento deslumbrante de beleza e reflexão no começo da manhã seguinte.
De volta à Atenas, rumamos ao Pireus para iniciar nosso cruzeiro de 3 dias. Os deuses continuam nos brindando com um tempo lindo, e a primeira ilha a visitar, Mikonos, e suas casas brancas e seus moinhos-de-vento. O amanhecer em Rhodes revela que o Colosso não está mais lá, mas a cidadela medieval, toda murada, merece nossa atenção, com visita especial ao Palácio dos Cavaleiros.
Novo amanhecer e parada em Patmos, ilha onde João, o Evangelista, se refugiou. É domingo, e ás 7h assistimos na gruta onde João escreveu o Apocalipse, uma celebração com o Patriarca e o coro dos estudantes.
Chegamos finalmente a Kousadasi. Visitamos a casa em que morreu Maria, hoje local sagrado da cristandade. A seguir, as ruínas de Éfeso, a cidade branca, aquela que foi tão rica e importante centro de uma civilização.
Enfim, que maravilha chegar ao Hotel Marmara, em Istambul, e das janelas de nossos quartos poder contemplar o Bósforo e as mesquitas desta cidade de contrastes.


Turquia



Istambul é uma cidade de 18 milhões de habitantes, impregnada de história. Começamos visitando a Praça de Sultanahmet, onde ficava o Hipódromo, o Obelisco de Teodoro, a coluna Serpentine, a Cisterna de Yerebatan e o Topkapi e os seus tesouros. Depois de tanta emoção, um maravilhoso almoço no Four Seasons. De lá, o Grand Bazaar, compras de todo o tipo, principalmente jóias em turquesa. Após, um autêntico banho turco, nas emberlitas Haman.
Istambul sem mesquitas? impensável. Visitamos a de Suleiman, o Magnífico, a Mesquita Azul e a Aya Sophia, inicialmente construída por Constantino no século IV, mais tarde reconstruída por Justiniano. A Basílica foi saqueada pelos cruzados, depois transformada em mesquita e finalmente em museu.
Seguindo este ritmo, vamos ao Museu Kariye onde encontramos os mais belos mosaicos e afrescos bizantinos. Almoço no Beyti, tradicional rodízio de carnes turcas.
Dia de visitar o Palácio de Dolmabahe e seus tesouros. Cruzeiro pelo Bósforo e almoço no Mavi Balik, no lado asiático, debruçado sobre o Bósforo - frutos do mar.
Museu Arqueológico de Istambul. Aqui se encontra o provável sarcófago de Alexandre e outras peças magníficas.
Saída para a Capadócia, ao amanhecer. Desde a chegada em Kayseri avistamos as deslumbrantes formações rochosas. Visitamos o museu a céu-aberto de Greme e a cidade subterrânea com seus vários andares e capelas. Lugar único, diferente e místico. À noite, espetáculo de danças com uma demonstração de Dervishes, religiosos que giram como que em transe. Impressionante!
Para ver a Capadócia do alto de um balão, alvorada às cinco e meia da manhã. Indescritível, mesmo para os mais receosos. À noite, jantar de despedida no Restaurante Elai, cozinha moderna e sofisticada, com um especial toque turco.
Hora de retornar.
Agradecemos a Apolo e Atena, pela inspiração da viagem.

fotos da viagem



Tânia Bian é coordenadora e professora titular dos Cursos Integrados de Arte da Pró-Reitoria de Extensão da PUC-RS.



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